Santa Bárbara, Escultura religiosa, séc. XVIII

Resumo descritivo

Santa Bárbara tem sua vida envolta em lendas. Era filha de um nobre habitante de Nicomédia, cidade romana do Médio Oriente, o qual construiu uma torre com duas janelas para isolar sua filha da sociedade, tamanha era sua beleza. Em visita a seu pai, teve contato com cristãos que a converteram. Decidiu então abrir uma terceira janela na torre, alusiva à Santíssima Trindade. O pai, ao saber desse intuito, furioso, delatou-a às autoridades romanas, que a condenaram à morte. Com fé inabalável, suportou os suplícios e foi degolada pelo próprio pai, que naquele momento foi fulminado por um raio.

Em sua iconografia, Santa Bárbara é representada com ricas vestes, como nesta escultura com saia longa e manto. A riqueza de suas vestes mostra sua linhagem nobre. A torre simboliza sua reclusão e a terceira janela que construiu assim que se tornou cristã. Fogo e raios são constantes em suas representações, que a mostram como protetora contra os raios nas tempestades e dos ofícios que lidam com explosivos. Nesta representação, sua cabeça está rígida, seu rosto severo, olhar fixo no horizonte. As ondulações das vestimentas animam a pequena escultura, compensando a rigidez de sua atitude. Também a ondulante cabeleira ameniza essa rigidez, apesar da movimentação dos braços. A policromia mostra vestígios de pinturas florais na túnica e em partes do manto.