Número de registro
852
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Local atual
Sala 03 América Latina, Parede
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Resumo descritivo
Esta imagem de piedade de Nossa Senhora menina foi muito difundida na Espanha e, no vice-reinado do Peru, ganha impulso mesclando-a à cultura andina como fiandeira. Segundo os escritos de Santiago, Evangelho não aceito pela Igreja, a futura mãe de Jesus, junto com outras meninas da família de David, no templo de Jerusalém, fiara um manto púrpura e escarlate para Jesus.
Exemplar de representação de grande apelo e sentimento piedoso, fora enunciado ainda na Idade Média, porém, no século 17, o artista espanhol Pedro Múñez de Villacicencio separou a figura dos afazeres domésticos e a emoldurou com um cordão de flores – rosas e açucenas –, roupas e joias. Os artesãos cusquenhos acrescentaram sobre as vestes ricos bordados valencianos com apliques dourados e até mesmo toucados usados pelas ñust’as, princesas imperiais incas. De origem pré-hispânica era a tradição de que as princesas fiassem o manto real inca – eram as declaradas Filhas do Sol.
A devoção doméstica e em especial das monjas reclusas nos monastérios foi responsável pela difusão da Virgem fiando, o que gerou um grande número de reproduções na região andina, variando apenas o toucado e as flores, de tradição flamenga, acrescidas as da região. O olhar dócil da Menina é constante. Essa iconografia foi difundida a partir do final do século 17.
Data de produção
Local de produção
Anotações do Colecionador
Virgem Maria menina, fiando a lã. Grinalda de flores de inspiração flamenca, pintura à óleo, douração. Tela escura
Bibliografia
DOMÍNGUEZ, Leonor Ruiz. Museo Colonial Charcas. Sucre: Universidad San Francisco Xavier de Chiquisaca, 2009. p. 50-51.
WUFFARDEN, Luís Eduardo. Virgen niña hilandera. In: RISHEL, Joseph J. (org.). Revelaciones. Las artes en América Latina, 1492-1820. México: FCE, 2006. p. 471.