Número de registro
738
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Local atual
Sala 01 Ásia, Vitrine Engastada 01, 1ª prateleira centro direita
Resumo descritivo
A Virgem em Majestade é evocada nas litanias marianas como Sede Sapientiae, sede de sabedoria. A iconografia se origina nas catacumbas romanas, com Maria amamentando o menino Jesus. Nas basílicas bizantinas, no Oriente, nos três primeiros séculos os mosaicos com a Virgem entronizada são denominados Theotokos, a mãe de Deus.
Já no Ocidente, no período românico, as esculturas em madeira com a Virgem sentada e o Menino eram evocadas como a Virgem Nikopoia – Santa Maria, Mãe de Deus, que traz a vitória –, iconografia que se popularizou na Península Ibérica.
No tardo medievo e início do Renascimento, artistas italianos como Giotto, Duccio, Simone Martini e Cimabue executaram trípticos com pinturas em têmpera sobre madeira ou afrescos sobre paredes com essa representação – que se convencionou denominar Maestà.
Virgem em Majestade, sentada em um trono apresentando o menino Jesus, de pé, sobre seu colo. Segundo a tradição, São Lucas teria pintado um retrato de Maria. Nas catacumbas, a Virgem aparece orando. Foi apenas no ano de 431, com o Concílio de Éfeso, que se regularizou a representação de Maria como mãe de Jesus. No século 12, com as ordens franciscana e dominicana, as invocações da Imaculada Conceição e da Virgem do Rosário passaram a ser divulgadas. Na França, na dinastia dos Bourbon, o rei Luís II fundou, em 1370, a Ordem dos Cavaleiros de Nossa Senhora da Esperança, sob a iconografia que se popularizaria como a Virgem do Apocalipse, aureolada por 12 estrelas.
A Virgem Mãe, carinhosa, foi muitas vezes esculpida nos portais das igrejas góticas, sentada no trono, com o filho de pé em seu colo, à maneira de antigos mosaicos bizantinos. Essa tradição medieval passou para os trípticos pré-renascimentistas sobre madeira, pintados com têmpera. No Renascimento, a figura de Maria com o Menino teve grande aceitação, com figuras edulcoradas mesmo nas mais complexas composições pictóricas, como as de Rafael Sanzio.
Material
Data de produção
Técnica
Local de produção
Anotações do Colecionador
Escultura em madeira policromada com influência medieval, lindo grupo arcaico, belos rostos redondos, faltas, montado sobre soco moderno
Bibliografia
SANTOS, Lucila Morais. A sagração do marfim. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2002, não paginado.