Número de registro
487
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Local atual
Sala 03 América Latina, Vitrine 03, 3ª prateleira
Resumo descritivo
A representação da Sagrada Família se popularizou no período renascentista, nos séculos 15 e 16. A natividade, o nascimento, iniciou com São Francisco de Assis na representação do presépio. Na Contrarreforma da Igreja, coincidente com o primeiro século da catequização da população americana, o tema foi muito utilizado como exemplo de família a ser seguido. Foi além ao materializar, nas figuras humanas – Maria, Jesus e José –, a possível explicação da Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, um elemento zoomorfo em que todos se fundiam em uma só pessoa.
São Francisco de Sales, em sua obra “Conversas Espirituais”, se refere à Sagrada Família como a Trindade Terrena: São José seria o Pai Eterno e Maria, o Espírito Santo, do qual ela é o templo vivo. Em pinturas, o tema adicionou a Sagrada Família enquanto caminha em seu retorno do Egito, acompanhada pela Trindade Celeste. Na América espanhola, essa Tríade Humana a representar a Trindade Celeste foi divulgada pelos jesuítas, tanto assim que Jesus, Maria e José são chamados de Trindade Jesuítica (RÉAU, 2008, p. 156-157).
Nesta pequena escultura em pedra, a Trindade Humana caminha orientada por um suave vento, que inclina seus corpos e anima suas vestes. Maria, com gesto delicado, eleva seu manto com bordas douradas. Com a mão esquerda, orienta o Menino, que olha para o pai adotivo. Sua capa vai ao encontro do manto maternal, enquanto apenas toca nas vestimentas de José. O pai, com botas pretas pontiagudas, ensaia um passo à frente. A longa cabeleira de Maria emoldura sua face com madeixas ondulantes, soltas, em liberdade, rimando com aqueles cabelos volumosos de seu marido, José.
Material
Data de produção
Técnica
Local de produção
Anotações do Colecionador
Escultura em pedra de Huamanga policromada montada numa base de madeira coberta de tecido
Bibliografia
RÉAU, Louis. Iconografía del arte cristiano. Iconografía de la Bíblia. Nuevo Testamento. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2008.