Número de registro
870
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Local atual
Sala 03 América Latina, Parede
Resumo descritivo
Em geral, a iconografia de Nossa Senhora da Piedade mostra a sexta dor de Maria, com seu filho morto em seus braços. Essa iconografia teve seu desenvolvimento na Idade Média, no norte da Europa. No Renascimento, o ponto alto foi com a escultura da Pietà de Michelangelo. No barroco, a dramaticidade aumentou com as esculturas processionais espanholas, em tamanho natural, que são levadas pelas irmandades nas ruas, em especial Sevilha, a principal cidade do século 16, considerado de ouro para a Espanha.
Esta obra deve tratar-se de um fragmento de uma grande pintura, da qual, por motivos de deterioração ou transporte, restaram apenas os rostos principais de Maria, a dolorosa, e do Filho, já morto. A composição é dominada pelas linhas curvas a partir do manto azulado de Maria, que encobre seu corpo ao mesmo tempo que agasalha o Filho prostrado. Forma-se um aparato oval para os dois corpos, que se comungam como se fossem apenas um. Maria inclina a cabeça e seu véu toca no rosto do Filho. Com a mão esquerda, procura o coração dele, enquanto a direita sustenta a cabeça sem vida. Os olhos da mãe ainda suportam contemplar tal atrocidade, e os do Salvador já estão fechados. Ambos estão mudos.
O tratamento pictórico é de um artista instruído no sombreado da tez rósea da Virgem, que, apesar do sofrimento, se mostra plácida. As pinceladas minuciosas das tonalidades amarronzadas dos cabelos e da barba do Cristo jacente confirmam a maestria do executor.
Data de produção
Local de produção
Anotações do Colecionador
Pieta. Busto da Virgem com o Cristo morto Pequena moldura dourada. Escola de Popayan Colombia.
Bibliografia
RÉAU, Louis. Lamentación sobre Cristo muerto. In: Iconografía del arte cristiano. Iconografía de la Biblia. Nuevo Testamento. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2008. v. 2, t. 1, p. 538-540.