O pastor menino é figura secundária na composição do presépio. De grande expressividade, revela a humanização dos personagens diante da presença divina. A gestualidade é de admiração e encanto ao mesmo tempo. Ajoelha-se, aconchega a ovelha sobre a perna e a abraça enquanto amplia o gesto com o braço direito. A inclinação da cabeça acompanha a linha diagonal do braço. A cabeça arredondada tem continuidade na maciez das maçãs do rosto, nos lábios suaves e nos cabelos alisados mostrando as orelhas. O vazado entre as pernas auxilia na visão da bota da calça até os joelhos, que ensaia sair da base, criando uma zona escura entre a prega da túnica curta na parte frontal e que se alonga na face posterior, com a túnica tangendo o pé direito com o joelho fletido. A policromia avermelhada acentua a beleza do pastor menino.