Número de registro
421
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Local atual
Sala 03 América Latina, Vitrine 05, Lado A, 2ª prateleira esquerda
Resumo descritivo
O Cristo atado à coluna relembra o momento em que Pilatos, não encontrando crime algum em Cristo, pede ao povo que decida soltar Barrabás ou condenar Cristo. O povo decide soltar o ladrão e, então, Pilatos manda que Cristo seja flagelado antes de ser crucificado. Os quatro evangelistas descrevem a cena com apenas uma frase: Pilatos mandou então flagelar Jesus (Jo 19: 1); Por isso vou soltá-lo depois de o castigar (Lc 23: 16). As descrições de São Mateus e São Marcos são as mais longas: Querendo dar satisfação à plebe, Pilatos soltou Barrabás. E Jesus, depois de havê-lo açoitado, entregou-o para que o crucificassem (Mc 15: 15); Então lhes soltou Barrabás. E quanto a Jesus, depois de tê-lo feito flagelar, entregou para que o crucificassem (Mt 27: 26).
Essas passagens dos evangelistas suscitaram as mais comoventes obras sobre a flagelação. A iconografia derivada das lacônicas palavras é das mais pungentes, com prodigiosa riqueza de imaginação dos artistas. Na Espanha, tais esculturas, em tamanho natural, saem em procissão na Semana Santa e depois são guardadas em capelas, que são museus das confrarias. Na Guatemala, de onde esta escultura é proveniente, as maiores celebrações da Semana Santa ocorrem nas cidades de Antígua e na capital, Cidade da Guatemala.
Esta escultura, talhada em madeira e de cunho popular, tem a rigidez da própria matéria em que foi esculpida. A desproporção da cabeça é evidente, indicando o aspecto humano de Cristo. A parte posterior é tão simplificada quanto a frontal. As estrias do cabelo são os únicos sinais de maior elaboração. O nó do pano que cobre o corpo seminu é na lateral, seguindo a tradição culta. A coluna alta refere-se à coluna de Jerusalém, relíquia da Igreja do Santo Sepulcro. A coluna romana é em forma de balaústre, semelhante àquela que Aleijadinho utilizou nos Passos da Paixão, no Santuário de Congonhas.
Material
Data de produção
Técnica
Local de produção
Anotações do Colecionador
Escultura em madeira policromada, patina escura, esculpida num só bloco de madeira. Obra indigena ingenua.
Bibliografia
RÉAU, Louis. Iconografía del arte cristiano. Iconografía de la Bíblia. Nuevo Testamento. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2008. v. 2, t. 1, p. 470-472.