Esta Sant’Ana Mestra, do Mestre Piranguinha, tem iconografia convencional, com a mãe ensinando as escrituras à filha, Maria. A pequena escultura é compacta e singela, sem os recursos plásticos que o assunto oferece. O grande manto faz alusões ao tema, tão explorado, das duas figuras. Aqui, traz a configuração da cadeira com espaldar alto, solução enxuta que destaca o papel da mãe vestida com hábito monástico – a coifa que encobre a cabeça e faz desaparecer os cabelos – e a ampla gola ou capuz, também monástico. A pequena Maria é apenas esboçada; as linhas verticais de sua túnica confundem-se com aquelas maternas. O abraço da mãe comprime mais ainda o pequeno corpo, reduzido apenas à cabeça. A forma do livro mais está na mente do espectador do que propriamente na plástica.