Número de registro
103
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Local atual
Sala 05 Minas Gerais e Arte Popular, Vitrine 10
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Resumo descritivo
A denominação Mestre Piranga é oriunda do local – vale do rio Piranga, ao sul de Ouro Preto – onde se encontraram várias peças de arte sacra com características semelhantes. O entalhador foi ativo no final do século 18, e assim é designado por se tratar de um anônimo, pertencente talvez a alguma oficina de ofício mecânico. O que se observa nesta Nossa Senhora do Rosário é a volumetria que ganha a peça na altura dos ombros e braços, com o auxílio dos enrolados do manto e o acréscimo do Menino (faltante). A face é expressiva, com os olhos levemente desnivelados, o que também ocorre com os olhos dos anjinhos na peanha, mesmo porque estão levemente com as cabeças inclinadas.
Suas vestimentas são movimentadas, com as pregas da túnica caindo suavemente sobre as nuvens, sem pregas amassadas e angulosas. A grande prega frontal, de linha ascendente, ganha força pela espessura e concavidade, o mesmo ocorrendo com a prega na cintura e as duas que se desprendem da gola na altura do pescoço. As linhas curvas da grande gola descem pelos seios e formam uma linha contínua ondulante na cintura. Na cabeça, o véu nivela seus cabelos, que se repartem acima da fronte e descem em ondas de maneira assimétrica pelos ombros. A peça, em madeira entalhada em um só bloco, mostra-se na madeira natural. Seus modelos são aqueles dos altares da escola mineira de estatuária barroca, pela volumetria, mas suas soluções são guiadas pela inventividade.
Material
Data de produção
Técnica
Autor
Local de produção
Anotações do Colecionador
NS do Rosario, na madeira madeira com vestigios de pintura, falta o menino Jesus O estilo do Mestre pode ser notado no panejamento e nos rostos
Bibliografia
ALVES, Célio Macedo. Imagens e escultores do vale do rio Piranga. In: Imagem brasileira. Belo Horizonte: Ceib, 2007, n. 1, p. 151-154. Disponível em: https://www.eba.ufmg.br/revistaceib/index.php/imagembrasileira/article/view/27/16. Acesso em: 23 set. 2020.