Número de registro
696
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Local atual
Sala 04 Brasil Nordeste, Vitrine 2, 1ª prateleira esquerda
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Resumo descritivo
Santa Quitéria é mencionada pela primeira vez no “Martirológio de São Severo”, do século 13. A tradição lembra que sua mãe teve um parto com nove mulheres gêmeas. Uma delas, Santa Liberata, com o nome de Quitéria, fizera votos de pureza, consagrando-se a Cristo. Como se negava a casar, o pai, furioso, lhe cortou a cabeça e, naquele local, floresceu uma fonte. Continua a tradição de que ela se levantou, pegou sua cabeça e a levou até a igreja próxima. As portas se abriram, ela se avizinhou da cripta, se acostou em um sarcófago que lhe havia sido preparado e terminou de morrer.
O culto a Santa Quitéria foi introduzido na Espanha pelo bispo Bernardo de Agen, de Siguenza, e espalhou-se para as cidades de Zaragoza, Aragão e Palma de Mallorca, além de Coimbra, em Portugal. Sua iconografia a distingue por portar sua própria cabeça nas mãos. Outra versão traz um cachorro louco encostado a seus pés, um demônio acorrentado. Nesta iconografia de escultura baiana, a virgem se veste com roupas nobres, túnica, saiote, corpete e manto. Assim fora pintada por Benito Arnoldín no século 15, em Barcelona, com um livro em uma mão e, na outra, a palma do martírio.
A escultura em madeira de Santa Quitéria tem movimentos graciosos, dando a sensação de que os tecidos balançam de um lado para o outro. O pregueado de vincos alongados e profundos dá a impressão de seu caminhar em busca do próprio sarcófago. Sua cabeça é altiva e o penteado elaborado, com grandes mechas repuxadas para trás. O manto esvoaçante amplia sua volumetria, e caprichosamente a cintura fina lhe dá um ar de elegância e feminilidade. A policromia está desgastada, porém as tonalidades avermelhadas e azuladas nos dão a ideia da pintura que foi subtraída.
Material
Data de produção
Técnica
Local de produção
Anotações do Colecionador
Santa Quiteria, delicada, corte profundo madeira com restod de madeira, ov, escultura de qualidade excepcional, resplendor
Bibliografia
RÉAU, Louis. Iconografía del arte cristiano. Iconografía de los santos. Barcelona: Ediciones del Serbal, 1998. v. 5, t. 2, p. 113-114.