Pendências
ESTA PEÇA NÃO FOI TRANSPORTADA PARA O MUSEU BOULIEU
Número de registro
865
Denominação
Classificação/Tipologia
Resumo descritivo
Esta invocação de Nossa Senhora das Dores é a última da sequência das sete dores de Maria, iniciada com a profecia de Simeão, quando o menino Jesus foi apresentado no templo. A segunda refere-se ao desterro no Egito, ao fugirem com o Menino para que não fosse morto por Herodes, o Grande. Aos 12 anos, o menino Jesus permanece três dias dentro do templo discutindo com os sacerdotes, enquanto Maria, aflita, o reencontra. Assim que condenado, mira-o com a cruz às costas e segue-o até a crucificação. Ao descer da cruz, segura-o morto em seus braços e finalmente fica sozinha após o enterro. Esta iconografia foi referendada na Idade Média, em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Alemanha. Há duas festas para a Dolorosa, na procissão de Ramos e no dia 15 de setembro.
Esta é a cena final, a sétima espada cravada em seu coração materno. Está ajoelhada de mãos postas, sem crer no que vê: o filho morto. Sobre sua túnica branco-azulada e fria há um fio com contas, o rosário que contorna seu útero materno, no qual seu rebento, agora morto, estivera quando concebido pelo Espírito Santo. A cruz do rosário indica o cálice da amargura no qual se guardara o sangue do filho imolado. Espalhados sobre o tecido branco, a coroa de espinhos e os três cravos que o crucificaram. A pintura está emoldurada por cortinas que, abertas, a mostram como uma escultura de algum altar.
Flores vermelhas em dois jarros pendem desmaiadas, e as açucenas brancas destacam-se do azul-ultramar do manto e do vermelho-amarronzado do fundo do camarim. O quadro é totalmente simétrico, desde os dois vasos, realizados por artesão especialista em só pintar flores, as cortinas formando a moldura do camarim e a figura da Dolorosa. Apenas seu lado esquerdo tem três espadas, enquanto o da direita pesa mais, com as quatro dores. Dessa mesma maneira Aleijadinho a esculpiu, sentada sobre rochas, lacrimosa e de mãos com dedos cruzados.
Data de produção
Local de produção
Anotações do Colecionador
Mater dolorosa O peito da Virgem Maria com sete espadas, imagem de altar, dois vasos de flores de "copihue"
Bibliografia
RÉAU, Louis. La Virgen de las siete espadas. In: Iconografía del arte cristiano. Iconografía de la Biblia. Nuevo Testamento. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2008. v. 2, t. 1, p. 116-117.