Número de registro
887
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Local atual
Sala 03 América Latina, Parede
Resumo descritivo
A cena da adoração pelos reis magos ocorre ainda dentro do estábulo, junto à manjedoura de Belém, onde nascera o menino Jesus. Guiados pela estrela do Oriente, aqui representada pelo brilho no estábulo, os santos reis trouxeram presentes e adoraram Jesus nos braços de sua mãe, Maria. E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino, com Maria sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra (Mt 2: 10-12).
A composição em linha oblíqua ascendente se inicia nas faces dos magos e se intensifica nos rostos do Menino, da Virgem, ainda na altura dos turbantes, e de São José, evidenciada pela mancha escura do estábulo. As linhas retas do suporte onde se encontra o brilho da estrela e o braço esquerdo da mãe, em gesto de desapego ao apresentá-Lo aos visitantes do Oriente, imprimem certa verticalidade à estrutura. Os movimentos mais amplos são do corpo iluminado do Menino, tanto braços como pernas, e, ao fundo, do longo pescoço do camelo, que surge na escuridão com um clarão do archote empunhado por um servo da comitiva real.
As diversas formas de turbantes foram amplamente divulgadas por meio de gravuras renascentistas e barrocas, a indicar o mundo antigo e longínquo tanto geograficamente como historicamente. Belchior, o mais velho a oferecer um presente da realeza, o ouro que o Menino aprecia, está coroado, além de cobrir sua cabeça com turbante branco; Baltazar, o mouro negro oferecendo incenso ao recém-nascido, pleno de espiritualidade, exibe um volumoso turbante listrado; Gaspar, o moço, que empunha o cetro e segura o frasco com a mirra, símbolo da imortalidade, está coroado. Seu perfil simplificado denota as dificuldades do pintor em modelar os rostos.
Data de produção
Local de produção
Anotações do Colecionador
Natividade. Adoração dos reis magos, obra indigena inspirada das gravuras flamengas, camelo parecido com um lama
Bibliografia
RÉAU, Louis. La adoración de los pastores y de los reyes magos. In: Iconografía del arte cristiano. Iconografía de la Biblia. Nuevo Testamento. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2008. v. 2, t. 1, p. 242-260.