Virgem Maria, peça de grande delicadeza oriunda das antigas oficinas quitenhas do período barroco do século 18. Maria, genuflexa, curva-se para adorar o menino Jesus. Os gestos dos braços são de admiração, e tal encantamento se reflete no delicado rosto de menina-mãe. O olhar compenetrado, pálpebras baixas, leva os devotos de presépios a contemplá-la desde os cabelos frisados sobre a cabeça, e que descem ondulantes sobre as orelhas, até a linha em leve diagonal do nariz, passando pelos diminutos lábios e terminando no delicado queixo. A madeira natural – pois há poucos pontos enunciando a policromia – auxilia na visão de uma peça em seu estado de frescor criativo. As dobras do manto aderem às partes mais lisas da túnica, conferindo unicidade à obra.