Número de registro
759
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Local atual
Sala 01 Ásia, Vitrine Engastada 01, 1ª prateleira centro direita
Resumo descritivo
A Virgem em Majestade é evocada nas litanias marianas como Sede Sapientiae, sede de sabedoria. A iconografia se origina nas catacumbas romanas, com Maria amamentando o menino Jesus. Nas basílicas bizantinas, no Oriente, nos três primeiros séculos os mosaicos com a Virgem entronizada são denominados Theotokos, a mãe de Deus.
Já no Ocidente, no período românico, as esculturas em madeira com a Virgem sentada e o Menino eram evocadas como a Virgem Nikopoia – Santa Maria, Mãe de Deus, que traz a vitória –, iconografia que se popularizou na Península Ibérica.
No tardo medievo e início do Renascimento, artistas italianos como Giotto, Duccio, Simone Martini e Cimabue executaram trípticos com pinturas em têmpera sobre madeira ou afrescos sobre paredes com essa representação – que se convencionou denominar Maestà.
Escultura da Virgem em Majestade, ou Maestà, em madeira entalhada e policromada. A parte posterior do espaldar do trono foi adicionada, dando, assim, seu aspecto iconográfico – de trono – e plástico – concebida em função do local, em geral no plano mural, encostadas, onde eram colocadas para veneração. A Virgem apresenta seu Filho com solenidade majestática, com clareza, pela posição frontal. Seu manto cai em suaves panejamentos ondulados desde o colo até os pés.
Esta Maestà, tão apreciada pelos espanhóis no período românico, passou para a Ásia por meio de gravuras, pois em geral suas esculturas para ser veneradas nas igrejas eram de grande porte, o que dificultava o transporte. O diferencial desta peça em relação a outras similares na Coleção Boulieu é a posição do Menino, festivo e buliçoso, que segura talvez um pássaro na mão, em vez do globo terrestre, e abençoa o mundo. Aqui, segura o véu maternal, em gesto de humanidade, tornando a representação a de uma Virgem Carinhosa.
Material
Data de produção
Técnica
Local de produção
Anotações do Colecionador
Escultura em madeira policromada com faltas, montada num suporte moderno de madeira pintada
Bibliografia
RÉAU, Louis. La Virgen de Majestad. In: Iconografía del arte cristiano. Iconografía de la Biblia. Nuevo Testamento. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2008. v. 2, t. 1, p. 100-104.