Sala 01 Ásia, Vitrine Engastada 01, 1ª prateleira direita
Resumo descritivo
Mãe de Maria, Sant’Ana, natural de Belém, pertencia à tribo dos levitas, descendentes do rei David. Casada com Joaquim, ambos estéreis, foram considerados impuros por não terem descendência. Depois de jejuar 40 dias, ele suplicou a Deus por um filho. Apareceu um anjo assegurando-lhe que sua mulher estava prestes a ter uma filha, a Virgem Maria. A representação mais popular de Sant’Ana é sentada em uma cadeira elaborada, com um livro na mão, ensinando Maria. Suas vestes como matrona são a túnica verde e o manto vermelho. Seu semblante é de mulher sempre idosa, contrastando com a beleza e juventude da filha. Sua celebração festiva ocorre no dia 26 de julho.
Nesta obra, Sant’Ana está sentada em um trono com espaldar fenestrado, rematado por linhas curvas e recurvas. Os pés do trono são volumosos e terminam em forma de patas. A mãe está sentada solenemente, com vestes que caem pesadas aos seus pés e se dobram no braço esquerdo. Com o braço direito, ampara a pequena aprendiz, Maria, vestida com túnica branca e manto que lhe cobre todo o corpo ereto. Com os braços estendidos, indica com as mãos as letras do “Livro da Doutrina”. O rosto da mãe é expressivo, com o olhar voltado para a frente e os olhos delineados por pinturas. A cabeça da Menina é desproporcional àquela da mãe. A policromia é homogênea nas vestimentas e condizente com os vermelhos dos mantos e espaldar. O dourado enobrece toda a peça, desde a base até as linhas com recurvas do remate do espaldar. Na face posterior, nota-se a policromia azulada na feitura do trono fenestrado. A vista de perfil evidencia a elaboração hábil da espacialidade do trono vazado e curvaturas dos pés e espaldar.
