Número de registro
378
Denominação
Classificação/Tipologia
Movimentação
Tipo de movimentação
Exposição de longa duração
Local atual
Sala 01 Ásia, Vitrine ilha 01, 1ª prateleira esquerda
Resumo descritivo
A representação da Santa Parentela – ou seja, a família de Cristo, aqui apenas a de Nossa Senhora – origina-se na iconografia cristã na Idade Média. Naquele período, foi criada a Árvore de Jessé, com todos os patriarcas até chegar a Maria e Jesus. Em Portugal e Espanha, essa intrincada iconografia teve muita aceitação. Sant’Ana ensinando Maria menina, apenas as duas, com a mãe sentada em uma cadeira de espaldar alto, teve grande aceitação no Brasil, em especial em Minas Gerais.
Para a evangelização dos nativos, tanto no Oriente como nas Américas, a figura da família era muito importante, em especial para incentivar a monogamia dos indígenas. E a Santa Parentela é fruto da humanização da cristandade, tornando os mistérios dos dogmas e da vida dos santos mais compreensíveis por meio das imagens. Os missionários franciscanos e jesuítas muito utilizaram as imagens e dramatizações como instrumento para a catequização e evangelização. São Francisco teve importância nesse processo, ao dramatizar o nascimento do menino Jesus, trazendo para a terra os mistérios celestes.
A característica formal das esculturas feitas em Goa é a sequência de pontos, formando uma linha perolada nos debruns das vestimentas. Aqui, o manto e o véu de Sant’Ana ganham esse ornamento. As três faces são semelhantes nas soluções dos olhos vazados e bocas inexpressivas. Os cabelos são diferenciados, a mãe com cabelo copioso, a filha com poucas ondulações e o pai mostrando a calvície.
Esta cópia de uma imagem europeia mostra a habilidade do artesão em colocar as três figuras em profundidade, aproveitando a forma semicircular da presa do mamífero. Sant’Ana está sentada em uma cadeira e divide o espaço com sua filha, Maria menina, que, atentamente, com as duas mãos, se concentra no aprendizado. A mãe, concentrada, olha para baixo enquanto segura o livro; com a mão direita ampara a filha. São Joaquim, o pai, está comprimido por detrás da ampla figura da matrona, segurando o bastão. Na parte posterior, a surpresa é pelo aproveitamento e uso do material.
Material
Data de produção
Técnica
Local de produção
Anotações do Colecionador
Escultura em marfim patinado. Santana sentada, São Joaquim segurando um bastão e a Virgem Maria menina.
Bibliografia
RÉAU, Louis. La parentela de María. In: Iconografía del arte cristiano. Iconografía de la Biblia. Nuevo Testamento. Barcelona: Ediciones del Serbal, 2008. v. 2, t. 1, p. 147-153.